terça-feira, 1 de dezembro de 2009

UNIFLOR PEDE PRISÃO DE INCENDIÁRIOS E DIZ QUE GOVERNO É FRACO - ECOAMAZÔNIA 11/11/09



Em uma ação criminosa, grupo de manifestantes incendiou balsas com madeira legal logo após reunião com procurador da República, que nada fez para impedir o crime.


Uniflor pede prisão de incendiários e diz que governo é fraco

GERAL - . :Data:11/11/2009: . - . :Hora:23:37: . por Paulo Leandro Leal

A União das Entidades Florestais do Estado do Pará (Uniflor) divulgou nota nesta quarta-feira repudiando de forma veemente o incêndio a um carregamento de madeira retirada de manejo florestal legal, na região do Rio Arapiuns, no município de Santarém, fato ocorrido nesta terça-feira. No documento, o presidente da entidade, Luiz Carlos Tremonte, exige a identificação e prisão dos responsáveis, avalia que o governo do Estado foi fraco na questão e condena a participação do Ministério Público Federal no caso.
A entidade diz que a ação de manifestantes ligados do Sindicato dos Trabalhadores de Santarém (STR) e comunidades supostamente indígenas feriu de morte o direito constitucional a propriedade privada, o direito de ir e vir e o direito ao desenvolvimento, além de causar prejuízos econômicos irreparáveis aos proprietários das balsas e da madeira transportada. "A Uniflor considera o incêndio às balsas e à madeira um ato criminoso, covarde, que atenta contra os direitos fundamentais garantidos na Constituição do Brasil", diz a nota
No documento, a entidade exige a imediata identificação dos responsáveis individuais pelo incêndio criminoso e a prisão dos envolvidos, além da responsabilização das entidades responsáveis pela manifestação e a reparação dos prejuízos causados às empresas proprietárias das balsas queimadas e da madeira destruída. "Lamentamos profundamente a completa apatia do governo do Estado no episódio, que em nenhum momento usou do seu poder de força garantido pela Constituição para restituir os direitos vilipendiados por um grupo de manifestantes", diz Tremonte na nota.
A Uniflor diz que o governo do estado permitiu que as balsas e a madeira ficassem em poder dos criminosos desde o dia 12 de outubro, portanto, mais de 15 dias, sem que houvesse qualquer ação significativa para impedir o incêndio. "Cumpre lembrar que os manifestantes avisaram, quase uma semana antes, que iriam atear fogo à madeira, portanto o Governo Estado, as autoridades policiais, o Ministério Público Federal e todos que deveriam garantir a ordem sabiam das intenções e não fizeram nada para impedir o ato criminoso".
Para a Uniflor, o governo do Pará é fraco e sede facilmente às pressões de grupos que se autodenominam "movimentos sociais", mas são na verdade grupos criminosos que praticam atos de terrorismo, criando um clima de terror, medo e de total insegurança jurídica que afasta investimentos e esta fazendo com que empresas e empresários sérios simplesmente deixam o Estado.
"Lamentamos profundamente e condenamos a atuação do Ministério Público Federal no episódio, que desde o início funcionou como aliado incondicional dos manifestantes, colaborando de forma direta com uma ação criminosa que seqüestrou bens particulares e manteve pessoas de bem como reféns, sem qualquer condenação aos atos ilegais e criminosos realizados pelos manifestantes", diz a Uniflor, lamentando que o MPF tenha colaborado com uma manifestação criminosa que usou o setor florestal como bode expiatório e pretexto para a criação de reservas indígenas, parecendo atender a interesses internacionais.
A entidade diz que o incêndio criminoso às balsas e à madeira foi realizado logo após reunião com o MPF, que sabia da intenção dos manifestantes e, mesmo após a sua concretização, continuou dando apoio incondicional aos incendiários, sem ao menos fazer menção de que o ato realizado por eles era criminoso. "Solicitamos à Corregedoria do Ministério Público Federal em Brasília a imediata abertura de procedimento para apurar as responsabilizados dos procuradores da República envolvidos no episódio, bem como ao Conselho Nacional de Justiça que responsabilize os mesmos procuradores por sua conduta completamente contrária à manutenção da Lei, da ordem e do Estado Democrático e de Direito", pede o presidente da Uniflor.

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