segunda-feira, 28 de março de 2011

ECOAMAZÔNIA - Acidente nuclear no Japão expõe erro da luta contra as hidrelétricas - 21/03/11


 


Economia

Data:21/3/2011 - Hora:12:35

Acidente nuclear no Japão expõe erro da luta contra as hidrelétricas


O desastre nuclear que se abateu sobre o Japão após um forte terremoto e um tsunami revela que a luta contra a construção de hidrelétricas no Brasil é insana e irracional. A avaliação é do empresário Luiz Carlos Tremonte, representante do setor florestal do Pará. Segundo Tremonte, o Brasil acerta ao investir na construção de novas usinas, mas enfrenta sérias restrições dentro de fora do País que não fazem nenhum sentido, pois as hidrelétricas são uma fonte geradora de energia limpa, de baixo impacto ambiental.


Tremonte, que chegou a ser candidato a governador do Pará na última eleição, mas retirou a candidatura, afirma em seu blog na internet que enquanto o Japão vive um momento difícil, o Brasil discute se constrói ou não novas hidrelétricas. "Nós não precisamos expor os brasileiros a este risco, pois fomos agraciados com recursos hídricos como nenhum outro país. É um crime contra os brasileiros tentar impedir a construção de usinas hidrelétricas, que geram energia limpa e não oferecem nenhum risco à população", diz o empresário.


Na avaliação de Tremonte, os órgãos que tanto lutam contra a construção de usinas como Belo Monte, no Pará, deveriam refletir sobre a atuação. "O Ministério Público deveria pedir desculpas à sociedade e retirar todas as ações contra a construção de usinas. É um absurdo e chega a ser irracional este tipo de atitude", critica o empresário, acrescentando que nenhum outro país do mundo se daria ao luxo de dispensar um recurso tão estratégico. "Muitos países que dependem de usinas atômicas por não possuírem rios como os nossos, demonstram hoje um grau muito alto de preocupação. É este futuro que queremos?", indaga.


Mais recentemente, o país está assistindo a uma grande polêmica sobre a construção de Belo Monte. Organizações não governamentais, especialmente as ligadas a questões indígenas, denunciaram o projeto e lutam para barrar a construção da usina. Para Tremonte, existem interesses econômicos por trás desta polêmica. "Querem transformar as hidrelétricas em um monstro, mas agora o mundo todo está vendo qual o verdadeiro monstro quando se trata de geração de energia. Estas organizações deveriam ser processadas por falsa propaganda e por prejudicarem o povo brasileiro", defende.


Tremonte destaca que os países desenvolvidos estão investindo bilhões de dólares apenas em pesquisas para descobrir formas mais limpas e seguras de gerar energia. "Nós não precisamos investir um centavo em pesquisa, pois temos uma forma barata, limpa e segura de gerar energia, que é usar o potencial dos rios brasileiros, em especial da Amazônia. Mas temos que acabar com tanta burocracia, que emperra os projetos e atrasam as obras. É o cúmulo que Belo Monte ainda não esteja pronta, gerando a energia necessária para o crescimento do Brasil", diz o Tremonte.


O empresário diz que até mesmo órgãos do governo se envolvem na luta contra as usinas, o que deveria ser coibido pela presidente Dilma Roussef. "A Funai (Fundação Nacional do Índio) chegou ao cúmulo de criar recentemente uma reserva indígena em uma área onde não existe índio, em Altamira, somente para atrapalhar Belo Monte. Só podemos definir isso como uma palhaçada institucional. Temos que mandar o presidente da Funai para o Japão, para ele saber exatamente o que é de verdade risco ao meio ambiente e às pessoas", alfineta, complementando que a construção de Belo Monte tem que ser tratada como assunto de interesse nacional.


"Pessoas do mundo todo fizeram um minuto de silêncio durante eventos esportivos para lamentar a tragédia no Japão. Mas nós, brasileiros, deveríamos também fazer pelo menos uma hora de silêncio para lamentar a morte do bom senso, pois não é admissível que tenhamos tantos obstáculos para construir usinas que não impõe qualquer risco à população", continua Tremonte. Ele acrescenta que se o Brasil não investir pesado agora na construção de hidrelétricas, vai pagar um preço muito caro no futuro.


"Os ambientalistas vivem falando de preservar o planeta para as futuras gerações. Tenho certeza que Belo Monte não representa risco algum para nossos filhos e netos. Mas a construção de usinas nucleares e o uso de combustíveis fósseis representam um risco real de uma catástrofe. Eu gostaria de saber onde está o James Cameron, que veio ao Brasil dizer que não poderíamos fazer Belo Monte. Ele está no Japão, ajudando as pessoas que sofrem com este desastre? O Brasil não precisa se expor a isso, temos potencial hídrico para suprir toda a nossa demanda de energia para os próximos séculos. Só temos que acabar com a hipocrisia, com a burocracia e pôr a mão na massa", finaliza.


Fonte: <=""> Redacão Ecoamazônia

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